Moulinsart é a residência dos nossos heróis. O famoso castelo foi palco de início e fim de muitas aventuras, tendo mesmo uma («As Jóias de Castafiore») o seu cenário exclusivo.
Derivado da denominação da povoação Sart Moulin, o palácio de Moulinsart é uma réplica do famoso palácio de Cheverny.
Baseado nas inúmeras informações acerca da arquitectura de Moulinsart, foi possível construír o palácio Moulinsart em três dimensões.
Assim, podemos observar todo o jardim do palácio, assim como todas as divisões da residência do Capitão Haddock.
Tudo isto num excepcional site: http://moulinsart3d.free.fr
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Bob de Moor (1925-1992), o criador do Monsieur Barelli, foi um dos mais próximos colaboradores de Hergé.
De Moor desenhou cenários, paisagens urbanas, máquinas e também as personagens de Tintin, sendo durante 35 anos um dos colaboradores mais fiéis do criador de Tintin.
De Moor teve uma elevada importância na última versão de «A Ilha Negra» (a imposta pelo editor inglês), deslocando-se mesmo à Grã-Bretanha com o fim de tirar apontamentos sobre os cenários típicos ingleses.
Quando Hergé faleceu, Bob de Moor propôs-se a terminar «Tintin e a Alph-Art», mas Fanny Rodwell, esposa e herdeira de Hergé, recusou.
A ambulância que leva Tintin para um hospital psiquiátrico no álbum «Os Cigarros do Faraó» é o modelo nº 56 da colecção «Os carros do Tintin».
A ambulância é inspirada em vários modelos de camiões dos anos 30, nomeadamente o Ford V8 de 1934.
A viatura nº 55 pertence ao episódio «Carvão no Porão». Trata-se de um modelo inspirado no Panhard Dyna Z belga.
Tintin e o Capitão Haddock na posse da carteira do General Alcazar, decidem entregá-la no hotel onde se hospeda. Intrigados pelo facto do General estar na companhia do suspeito Dawson, antigo chefe da polícia de Xangai, Tintin decide espiar Dawson, perseguindo o Jaguar num táxi Panhard Dyna Z.
O Panhard Dyna Z foi um dos últimos modelos a serem fabricados pela marca e talvez um dos mais potentes. O Dyna Z foi criado em 1954 para substituír o Dyna X. O corpo do Z, tal como o X, era de alumínio, vindo progressivamente a ser substiuído por aço. De notar que a Panhard foi pioneira na poupança de combustível, dotando os seus automóveis de novas componentes que reduziam o consumo e melhoravam a qualidade ambiental.
Na continuação da colecção dos carros do Tintin da Editora Atlas (em Portugal foram comercializadas as primeiras 34 viaturas), foi colocada à venda a viatura nº 54, o bólide do Bobby Smiles do álbum «Tintin na América».
Bobby Smiles, gangster bem conhecido, escapa no seu Bugatti à barreira feita pela polícia, sob os olhares do nosso Tintin.
O modelo que serviu a Hergé para o bólide do episódio foi o Bugatti modelo 35, lançado em Lyon em 3 de Agosto de 1924 no seu Grande Prémio. Com um cilindrada de 1991 cm3 e uma velocidade máxima de 165 Km/h, o Bugatti 35 teve várias versões: o A, o B, o C e o T.
A marca Bugatti do italiano Ettori Bugatti lançou a sua primeira viatura em 1901 em Milão, o T2. Quanto ao T35, é o modelo mais vitorioso da história da marca com mais de 200 vitórias.
Uma das vertentes pedagógicas da banda desenhada é, sem dúvida, a didáctica. Aproveitando o sucesso do Tintin, o atelier de Hergé, com a ajuda preciosa de Bob de Moor, Jacques Martin e Edgar Pierre Jacobs, editou a colecção Voir et Savoir que reunia colecções de cromos desenhados com a presença de Tintin e Milou e retratava a evolução histórica dos diversos meios de locomoção (combóios, barcos, automóveis e aviões).
A primeira colecção que surgiu foi «Le chemin de fer», que reuniu uinicamente seis cromos e que marcou significativamente o fim da colaboração de Jacobs com Hergé.
Posteriormente surgiram sob a direcção histórica e técnica de Jacques Martin o volume «L' histoire de l'aviation - des origines a 1914», que contém 60 cromos. O segundo volume sobre a história da aviação cobre o período de 2ª Guerra Mundial (1939-1945) com também 60 cromos.
O balonismo também teve uma edição específica de 60 cromos com a «L' histoire de l'aérostation - Des origines a 1940» , que teve a direcção técnica de Edgar Pierre Jacobs.
Os volumes seguintes foram dedicados à marinha. O primeiro volume «L' histoire de la marine - Des origines a 1700» teve a direcção histórica e técnica de Georges Fouillé e do banda desenhista Bob de Moor. O volume teve os mesmos 60 cromos com a particularidade de retratar diversas caravelas do período áureo dos descobrimentos portugueses. O segundo volume foi editado mais tarde e cobre o período de 1700 a 1850 com a quantidade de cromos, tendo a direcção técnica da responsabilidade de mais um elemento, Marjolaine Mathikine.
Finalmente, a história do automóvel com um volume de 60 cromos e a direcção técnica de Jacques Martin: «L' automobile - Des origines a 1914». Este volume teve uma edição portuguesa da Editorial Pública em 1982 com o título «A história do Automóvel» inserido na colecção Pequena Enciclopédia Tintin.
No próximo mês de Setembro, o Instituto Tchobanian editará em arménio o álbum do Tintin «As 7 Bolas de Cristal» com tradução de Rousane et Jean Guréghian. Será a primeira vez que uma história do Tintin terá tradução em arménio.
O Instituto Tchobanian (poeta e patriota arménio) é um instituição francesa que se dedica à preservação e divulgação da cultura arménia.
O arménio é uma língua indo-europeia falada na Arménia e em regiões de países límitrofes, como a Geórgia e a Turquia.
Hoje, o canal por cabo Arte (disponível na TV Cabo) transmite pelas 19:40 h um documentário intitulado «Zaharoff, Faiseur De Guerres».
O documentário é uma biografia de Basil Zaharoff, um magnata do armamento que caiu no esquecimento e que foi o primeiro a conceber a guerra como fonte de rendimento, de 1914 a 1918.
Zaharoff, «o agente da morte» foi condecorado 298 vezes por 31 Estados diferentes, entre as quais a «Grande Cruz da Legião de Honra»!!!
De realçar que esta sinistra figura inspirou Hergé para a criação do personagem Bazaroff, como vendedores de armas, no episódio «A orelha quebrada».
O clube holandês Herge Gennotschap editou o nº 7 da sua revista «Sapperloot» integralmente dedicada ao periódico daquele país «Het Laastste Bericht» que durante o período de 1977 a 1989 publicou várias obras de Hergé.
Originalmente o jornal era uma folha policopiada a stencil, integrando pouco números depois a revista holandesa de banda desenhada Stripofiel.
O Het Laastste Bericht pode ser comparado à secção dos «Amis de Hergé», La Dépêche.
No próximo mês de Setembro a Casterman editará o álbum «Tintin no Tibete» em mongol.
A Mongólia, outrora região da União Soviética, é um estado independente, contando com dois milhões de habitantes, outrora nómadas, hoje sedentarizados e urbanos.
A língua mongol faz parte da grande família das línguas altaicas, onde se inclui a língua turca. Na Mongólia chinesa utiliza-se os caracteres tradicionais e na Mongólia independente é utilizado o alfabeto cirílico do «grande irmão» russo.
Como infelizmente o nível de vida dos mongóis é extremamente baixo, a Casterman resolveu doar à Mongólia um milhar de exemplares.
O álbum terá um caderno de oito páginas ilustradas sobre a cultura e geografia mongol.