A Citroen, aproveitando o enorme sucesso de Tintin nos países francófonos, editou vários produtos de merchandising com a figura de Hergé. Grande parte dos desenhos foram concebidos por Bob de Moor.
Os catálogos Citroen são um desses produtos, onde a marca Tintin é associada ao modelo 2CV. Foram publicados quatro catálogos com 8 páginas cada, contendo cada um aventura desenhada com personagens da série Tintin:
Também o modelo GS publicou um pequeno catálogo com os heróis do Tintin.
O catálogo da Citroen de 1988 contém uma página de Tintin e os 2 CV.
Em 1984, foram editados como oferta dos Chocolate «Côte d'Or» 12 autocolantes, cada um com uma personagem da série Tintin a conduzir um modelo da Citroen. Aproveitando as 12 imagens também foi editado um calendário.
Os 12 autocolantes retratavam os seguintes modelos:
Finalmente, o modelo LN teve direito a um autocolante com a personagem do Tintin.
Para saber mais sobre a Citroen e a Tintin, aconselhamo-lo a ver o site http://olivier-gayet.club.fr/Pages%20Principales/2%20CV%20Tintin.htm
Os desenhadores e colaboradores de Hergé, Jacques Martin e Bob DeMoor, aproveitando as férias de Hergé, publicaram, em 1965, no jornal suíço «L'Illustré» uma prancha falsa de Tintin, como se a mesma fosse de Hergé.
O artista Jacques Martin contou que um jornalista suíço se deslocou aos Estúdios Hergé com o fim de conhecer o novo álbum de Tintin. Como não havia nada para mostrar, Martin e DeMoor germinaram a ideia de fazerem uma prancha de Tintin. Logo que a prancha esteve pronta, o jornalista, entusiasmado, publicou-a com merecido destaque no seu jornal, acompanhada de algumas fotografias e entrevistas. Uma prancha como se fosse de Hergé, pelas mãos dos seus colaboradores. Uma bricadeira que ficou para a história, como a primeira «pastiche» de Tintin.
Posteriormente, em declarações ao mesmo jornal, Hergé afirma não duvidar da competência dos seus colaboradores, mas ele é o único pai de Tintin. A resposta estava dada. Sem Hergé não há Tintin.
Bob de Moor (1925-1992), o criador do Monsieur Barelli, foi um dos mais próximos colaboradores de Hergé.
De Moor desenhou cenários, paisagens urbanas, máquinas e também as personagens de Tintin, sendo durante 35 anos um dos colaboradores mais fiéis do criador de Tintin.
De Moor teve uma elevada importância na última versão de «A Ilha Negra» (a imposta pelo editor inglês), deslocando-se mesmo à Grã-Bretanha com o fim de tirar apontamentos sobre os cenários típicos ingleses.
Quando Hergé faleceu, Bob de Moor propôs-se a terminar «Tintin e a Alph-Art», mas Fanny Rodwell, esposa e herdeira de Hergé, recusou.
Uma das vertentes pedagógicas da banda desenhada é, sem dúvida, a didáctica. Aproveitando o sucesso do Tintin, o atelier de Hergé, com a ajuda preciosa de Bob de Moor, Jacques Martin e Edgar Pierre Jacobs, editou a colecção Voir et Savoir que reunia colecções de cromos desenhados com a presença de Tintin e Milou e retratava a evolução histórica dos diversos meios de locomoção (combóios, barcos, automóveis e aviões).
A primeira colecção que surgiu foi «Le chemin de fer», que reuniu uinicamente seis cromos e que marcou significativamente o fim da colaboração de Jacobs com Hergé.
Posteriormente surgiram sob a direcção histórica e técnica de Jacques Martin o volume «L' histoire de l'aviation - des origines a 1914», que contém 60 cromos. O segundo volume sobre a história da aviação cobre o período de 2ª Guerra Mundial (1939-1945) com também 60 cromos.
O balonismo também teve uma edição específica de 60 cromos com a «L' histoire de l'aérostation - Des origines a 1940» , que teve a direcção técnica de Edgar Pierre Jacobs.
Os volumes seguintes foram dedicados à marinha. O primeiro volume «L' histoire de la marine - Des origines a 1700» teve a direcção histórica e técnica de Georges Fouillé e do banda desenhista Bob de Moor. O volume teve os mesmos 60 cromos com a particularidade de retratar diversas caravelas do período áureo dos descobrimentos portugueses. O segundo volume foi editado mais tarde e cobre o período de 1700 a 1850 com a quantidade de cromos, tendo a direcção técnica da responsabilidade de mais um elemento, Marjolaine Mathikine.
Finalmente, a história do automóvel com um volume de 60 cromos e a direcção técnica de Jacques Martin: «L' automobile - Des origines a 1914». Este volume teve uma edição portuguesa da Editorial Pública em 1982 com o título «A história do Automóvel» inserido na colecção Pequena Enciclopédia Tintin.